Monografia apresentada ao curso de ensino médio do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca como avaliação bimestral da disciplina de Educação Artística.
Orientação: Prof. Eduardo Gatto.
Durante o desenvolvimento deste texto, recorri a uma discussão filosófica com minha família sobre o assunto. Com a ajuda deles, consegui comparar algumas atividades do nosso dia-a-dia com jogos. Pelo fato de realizarmos estas atividades há muito tempo, acostumamo-nos com elas e, sem perceber, jogamos a todo momento.
O primeiro exemplo, que é o mais praticado entre os seres humanos, é o estudo. Há regras específicas para que haja uma realização correta dos estudos. Existem cenários que abrangem esta atividade e, como exemplo, sabe-se que é possível estudar na escola ou em casa. Os jogadores, neste caso, são chamados alunos e, para provar que são bons jogadores, devem realizar testes. Ao fazer um teste, um aluno busca o objetivo do jogo que, caso não seja atingido por ele, pode significar uma reprovação. Por outro lado, ao se dedicar ao jogo, a vitória, no caso aprovação, será a certeza do resultado. Cada ano de um colégio ou período de uma faculdade é uma fase que deve ser vencida para, ao final, chegar-se a uma conquista. Para facilitar o recurso a este jogo, utilizaremos um nome para ele: "Estudar".
Existe uma variante do jogo Estudar, que implica em ter o jogador que finalizar este jogo. Ao terminar Estudar, o jogador, que era um aluno, passa a ser chamado de trabalhador e, como seu próprio nome diz, ele trabalha, executando tarefas para as quais se preparou em Estudar. Ao trabalhar, o indivíduo deve seguir regras que, ao serem quebradas, ocasionam uma punição severa ao jogador, impossibilitando-o de continuar a jogar. O cenário para este jogador realizar as ações do jogo é a própria empresa (ou organização, ou instituição) onde o mesmo é empregado. Existem alguns objetivos para este jogo. O salário é o principal objetivo, o qual será recebido, ao final de um mês (fase do jogo), de acordo com o esforço realizado pelo jogador. Falo aqui de uma forma geral sobre empregos, pois existem os trabalhos informais. Estes podem ser comparados a jogos piratas8, quando o usuário não tem condições de participar de um emprego formal (jogos originais). Mais uma vez, dá-se nome ao jogo: "Trabalhar".
Para os que não possuem condições, nem mesmo, para um emprego informal, existe outra forma de conquistar o objetivo salário sem a necessidade de uma dedicação a um trabalho. É quando um indivíduo escolhe o caminho, não aconselhável, do roubo. Afinal, Roubar é um jogo? Se analisarmos um pouco mais a situação, não há regras para que ocorra um roubo. Basta o assaltante ter vontade de roubar e realizar o ato. Podemos chamar o roubo por um nome muito utilizado em jogos eletrônicos: hack9. Quem rouba está utilizando um hack para vencer mais facilmente, ao invés de utilizar o recurso “trabalhar”.
Existem muitas outras atividades que podem ser comparadas a jogos. Porém, esta é uma discussão a qual não desejo realizar neste texto.